Começamos bem cedo,
logo depois do café da manhã, nossa peregrinação pelo Urban Wine Trail de Santa
Barbara. Colhemos mais algumas dicas na noite anterior com os locais. Nossa
idéia era pegar o carro e visitar as mais distantes primeiro. Fomos então até
a bacanuda Carr.
A mais elegante e bonita de todas as que visitamos. É uma das poucas que fazem e armazenam o vinho lá mesmo, com as uvas vindo basicamente da região de Santa Ines.
O ambiente na Carr é bem agradável. Mesinhas descoladas, balcão
"fancy", garrafas bonitas e um Pinot premiado com boas notas... Mas a
realidade é que os vinhos não empolgaram. A degustação básica, sem direito a
taça, saia por 10 Obamas. Eram cinco vinhos. Um branco, um rosé e três tintos. Os
preços das garrafas variavam de 22 a 50 Obamas. O Pinot custava 50,00 e era
corpulento. Coisa de 14,5%. Havia depois um Cabernet Franc que também não
emocionou. E antes, um Pinot rosé estranho.A mais elegante e bonita de todas as que visitamos. É uma das poucas que fazem e armazenam o vinho lá mesmo, com as uvas vindo basicamente da região de Santa Ines.
Doutor e Polaco inclusive já haviam nos alertado para isso. Gostaram muito do passeio, da cidade e etc. Mas acharam os vinhos, no geral, caros e medianos. Tive medo de que estivessem 100% certos.
Mas esperançosos, partimos para a Municipal Winemakers. A mais descolada de
todas. Mark, garotão que nos atendia, parecia um surfista (e talvez
fosse) viciado em vinhos. Atrás do balcão gavetões de arquivos guardavam vinhos
e o que mais fosse necessário para o bom funcionamento do estabelecimento. Entretanto, foi a degustação mais cara que fizemos, 12 dolares sem
direito a taça.
Os primeiros vinhos eram fracos ou medianos. Mas eis que
aparece o primeiro Zinfandel do dia, pra minha surpresa. Feito na costa sul da Califórnia,
no vale de Cucamonga. Como grande fã da casta " americana", já me
empolguei. Era bonzinho. Bom mesmo era o último, um Grenache que custava 37
dolares a garrafa. Vamos em frente...
Chegamos então na melhor das vinícolas visitadas. A Kunin. Sarah era a nossa
simpática anfitriã. 10 Obamas, 5 vinhos. Ok, vamos lá! A estrela da casa é o Pape
Star, primeiro dos tintos servidos. Trata-se de uma imitação de um Chateuneuf
du Pape, feito com 46% Grenache, 27%
Mourvedre e 27% Syrah. Legalzinho. Mas
por 25 Obamas, a gente compra um original superior em muitas lojas na America. O
Syrah varietal estava melhor.
Mas a coisa ficou boa mesmo quando pintou um
Zinfandel 2008 com módicos 15,7% de álcool! Minha Nossa, deu medo... Medo de
ficarmos bêbados bem antes da hora. Eram 11:45AM ainda. O bicho tava bala!
Redondasso. Taninos amigos, super frutado. Um caldo. Pra quem não gosta do
estilo, um horror. Pra quem gosta, um prazer. Por 25 dólares a garrafa, levamos duas. A amável
Sarah ainda nos fez uma grande e incrível gentileza. Abriu uma garrafa do mesmo
vinho, da safra 2001. Na garrafa, 14,2%. Outros tempos. E estava ótimo. Na taça,
leve acastanhado nas bordas. Na boca, aquela sutil doçura, corpo mais leve e
aquela sensação de que o que era músculo se atrofiou. Taninos mansinhos. Mas é
no nariz que se tem a grande recompensa quando se abre uma garrafa longeva
dessas.
Aromas secundários, além da fruta, que remetem à amêndoas, nozes,
especiarias e frutas secas. A garrafa custaria 45 Obamas. Quanto custaria uma
garrafa dessas na Dilmolândia? 300 reais talvez... vale ressaltar que a maioria
das vinícolas vende seus vinhos somente para os membros assinantes de seus clubes (só nos Estados Unidos, claro) ou então nas próprias vinícolas no Urban Wine Trail.
Saímos da Kunin e fomos então para a
Santa Barbara Winery. Lá, encontramos com um casal de americanos que também
estava na Kunin. Simpáticos e vianjandões, quando lhes perguntei sobre viajar
para o Napa, recomendaram Sonoma, por ter boa estrutura e menos Hype. Perceberam
que eu gostava de Zinfandel, pelo visto.
Voltando a vinícola, a Santa Barbara Winery é outra que também faz e amansa parte dos seus vinhos ali mesmo.
Voltando a vinícola, a Santa Barbara Winery é outra que também faz e amansa parte dos seus vinhos ali mesmo.
Da sala de degustação podíamos ver as barricas
e o maquinário. A degustação custava 5 Obamas com direito a uma bela taça.
Bebemos um branco de moscatel seco. Eu achei meio esquisito por não ser doce. Entre os
tintos o destaque foi para um Sangiovese interessante que estava bem redondinho.
Aos sábados a vinícola promove também uma degustação de seus azeites. Fica a
dica.
Continuarei no próximo post...
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