Desarmonizando, mas ganhando pontos!

A linha D.V. da Catena é conhecida pelo bom custo/benefício. Já foi melhor essa relação. Não tanto pelo benefício, que continua muito bom, mas o custo já anda querendo prejudicar a simbiose. O D.V. Catena Syrah-Syrah 2007 é o mais barato da linha. Esse aqui foi comprado na Cadeg por 61 Dilmas. A redundância no nome indica que são dois cortes de Syrah de diferentes regiões. Um deles é da zona de Agrelo, a 940 mts de altura. E o outro da zona de Vistaflores, a 1100 mts.
Mas vamos ao que interessa: Nariz aberto, de media intensidade. Só vem fruta. Ao aquecer um tantinho, já se sente o álcool (14o.) e ao girar a taça, percebemos o "choro" bem marcado. Há que se controlar um pouco a temperatura.
Corpo e permanência muito bons. O kung-fu sobra pouco nesse cara. Ou temos a sensação de que ele é sublimado pelas boas caracteristicas que encontramos nesse caldo. Dava pra guardar e arredondá-lo por mais um aninho. Estaria no ponto!
 

Foi "harmonizado" com um Penne aos 4 queijos, de forno, feito pela patroa. Por incrível que pareça, dessa vez ela caiu dentro do vinho e não reclamou de nada. Fato raríssimo! Tomou sua tacinha com prazer e sem água por perto. Parece que a harmonização, pelo menos pra ela, funcionou perfeitamente. Difícil decifrar o paladar das mulheres. Aliás, difícil decifrá-las...


Mas nesse dia, eu ganhei pontos na minha árdua tarefa de catequizá-la ao mundo dos tintos. E, quem diria, graças a um Syrah! E graças a um Catena!




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A primeira Magnum do ano: Chandon Reserve Brut

A rede de supermercados Zona Sul, aqui no Rio, fez uma promoção de fim de ano com os espumantes Chandon. O cliente comprava uma caixa com 6 garrafas de espumantes e levava uma Magnum de graça. Mas não foi nessa que adquiri a protagonista deste post. Pelo visto, sobraram muitas desses kits promocionais, pois em seguida, apareceram nas prateleiras por 69 dilmas essas Chandon Reserve Brut Magnum. Ainda tá rolando em alguns mercados da rede. Mas levei a última que havia na filial da Urca.
Abrimos na casa do Polaco, na mini-festinha que fizemos pra celebrar os 5 anos do meu casamento com minha amada.
Já provei algumas vezes a Chandon Brut e essa aí da garrafona me pareceu melhor que as anteriores. A começar pela perlage nervosa e intensa que impressionava. Na boca, tá mais pra algo entre o brut e o demi-sec. Agradou a todos. Principalmente as mulheres, obviamente.


Mais um ponto pras garrafonas, que já estão se tornando figurinhas fáceis por aqui.



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O retorno do Lazuli

Estávamos há um tempão esperando uma promoção da Zahil que incluísse o Lazuli. Vinho que nos marcou positivamente em nossa invasão chilena. Mas a importadora, que é famosa por ter preços diferentes para RJ e SP, fez jogo duro por um longo tempo.
Vinho meio desconhecido do público, sem hype nenhum, sem grandes notas dos especialistas e com preço salgado (133 Dilmas), pelo menos pros meus padrões. 

Mas no fim do ano passado, apareceu uma promoçãozinha onde o Lazuli 2004 saia por 103 Dilmas. Se levarmos em conta que na vinícola custava o equivalente a 40 Obamas e que a Zahil não cobrou frete, tá bem razoável.
O vinho tá em grande forma. Ótimo! Cabernet de bons modos, quase delicado (sem ofensa) e com belíssimos aromas cheios de nuances. Não era aquela explosão voluptuosa, mas havia boa intensidade. Estamos falando aqui de um vinho que quer, e consegue, ser "elegante". No melhor estilo velho-mundo. Na boca ele não é leve. É fino. Ele não desce, ele escorre! E com uma facilidade...
Foi harmonizado com o belo banquete de ano novo preparado pela talentosa esposa do polaco.

 
Começamos bem o ano.



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