Fizemos uma pequena comemoração aqui em casa pelo aniversário de 3 aninhos da minha filhota. Polaco e Doutor estavam presentes. Portanto, uma bela garrafa sairia da masmorra pra virar post. Em homenagem à princesa do dia, deveria ser de sua safra. A escolha foi esse Cobos Bramare Malbec Lujan de Cuyo 2008. Seria garantia de diversão explosiva.
O vinho tinha sido um presente do Doutor. Já estava comigo há um tempinho. Claro que não foi adquirido aqui nessa terra abençoada por Belzebu, onde custa 160 Dilmas (Grand Cru). Doutor deve ter pago, no máximo, a metade desse valor.
Abrimos o Hermano e colocamos no decanter, sem filtrar. Coisa de macho! Entretanto, utilizei minha tecnica de deixar o decanter repousar num saco plastico de supermercado com algumas pedras de gelo. Funciona bem pros decanters que não cabem nos baldes normais de gelo (quase todos).
O caldo era bem escuro. Parrudão. Tava na cara que estávamos lidando com potência pura. É daqueles que os "novomundistas" amam, e os "velhomundistas" torcem seus narizes. Já o meu nariz, percebeu no primeiro ataque toneladas de fruta madura, que se repetiam na boca, com um achocolatado e um leve amargor no final. Os 15 % de álcool estavam controlados e em nenhum momento subiram. Ponto pros caras. Madeira também no lugar. Nada de cadeirada nas costas. A fruta tava sempre na frente. E no final, sobra apenas os sedimentos no fundo da taça.
É aquela velha história, né? Dava pra guardar mais um tempinho, mas já tava bem legal quando o abrimos. O leve amargor dos taninos a gente tolera numa boa (afinal, somos muito machos!). Mas quando há acidez desproporcional, não rola.
Sigo colecionando safras de 2008 com potencial de longevidade para abrir todo ano no aniversário da pequena. Infelizmente as garrafas de 72, a minha safra, não cabem aqui na minha humilde adeguinha.
B K
7 2
7 comentários:
Paabens a minha sobrinha. Acho que deveria comemorar pelo menos umas duas vezes cada aniversário dela. O vinho estava muito bom, bem marcante, com personalidade. Gostei. Não dava pra beber sem comida, mas esse problema a vovó resolveu.
Ano que vem tem um Epu 2008 "pra ela".
Tenho um desses guardado a sete chaves em casa e ainda não tive coragem de beber ...
Quando tempo acha que posso deixa-lo na adega para chegar no "máximo" de sua qualidade?
Olha rapaz, eu acho que ele vai longe.
Se vc o quiser ainda vivão mas com alguma evolução, com aquele leve avermelhado nas bordas, chutaria uns 5 anos. Mas pra ficar bonito mesmo abriria em 2018, dez anos pós safra.
Mas uma coisa que recomendo, pois faço agora aqui com esses faixas-pretas, é arrancar a capinha pra poder monitorar a rolha de tempos em tempos. Já tivemos decepções aqui por conta de infiltrações.
Abraços e obrigado pelo comentário
Obrigado pela resposta e gostaria de dizer que começei a acopanhar o seu blog e meus parabéns ...
Por sinal, cada post dá água na boca...
Até me empolguei e de repente vou começar meu próprio blog sobre minhas experiências "etílicas" ... mas bem mais singelo que o seu, pois meus conhecimentos são restritos ...
Fred,
Vá em frente! Nossos conhecimentos tb sao restritos. Mas somos abusados mesmo...
Se quiser treinar escrevendo um post aqui, é só falar!
Como pode ver em outros posts, Nossas experiências com desconhecidos foram as melhores possíveis.
Sinta-se em casa por aqui.
Abs
Realmente obrigado...
Vou começar meu próprio blog tento como inspiração o seu ...
Quando eu for postar algo sobre vinhos, vou te mandar o post para compartilhar neste maravilhoso blog.
Como sou novato no assunto, me desculpem os erros.
Um bom início de ano...
http://fredpio.blogspot.com/
Postar um comentário