Invadindo a Austrália - Parte 2: O Hunter Valley
No dia seguinte à nossa calorosa recepção, nos dirigimos ao Hunter Valley, a mais antiga região produtora de vinhos da Austrália, com videiras trazidas da África do Sul em 1791.
Localizado a 130km de Sydney, é o 6º destino mais visitado do país, e por isso é um importante polo cultural. Como exemplo, em 03 de dezembro desse ano, vai rolar um show do Elton John. Nada mal, hein?
Curiosamente, pouco mais da metade da população de quase 650 mil da região está mais para o litoral, deixando os pequenos municípios do interior numa tranquilidade idílica (sempre quis usar essa palavra!).
A atividade principal da região do rio Hunter, que dá o nome à região, é a mineração de carvão, explorada pelas gigantes Rio Tinto e BHP Billiton. Mas não encontrei nada que desse uma pista disso no meio do caminho. Só soube disso depois, ao procurar saber mais sobre a área. A natureza rural da região impacta quem chega duma cidade grande, poluída e engarrafada.
Falando nisso, tenho que citar que fiquei impressionado com a qualidade do ar australiano. Em Sydney, na entrada da casa dos nossos amigos, o ar matinal, misturado ao perfume das Damas-da-Noite, é tão fresco que parece mentolado. Pra quem chega de Pequim, é brutal! Não senti diferença de São Paulo pra Pequim, mas dessa vez o ar parecia ter algo diferente. Oxigênio, talvez.
Em Hunter, que absurdo! O ar, além de puro, tem aquele aroma floral de roça, especiarias, hortelã, madeira e toques de bosta de vaca.
Mas chega de bullshit e vamos ao que interessa! As uvas características de Hunter Valley são, no time dos vinhos brancos, a Semillon - acompanhada da Chardonnay e Verdelho. Do lado dos tintos, claro, a Shiraz, seguida pela Cabernet Sauvignon e Merlot. Mas isso não quer dizer que não possamos encontrar vinhos orgânicos, espumantes, fortificados e de sobremesa! Tem realmente de tudo!
Por ter mais de 120 vinícolas e portas de adega (salas de degustação e lojas que podem representar também produtos de outras regiões, como aquelas perto de Adelaide), passear com tempo por Hunter é uma experiência fabulosa. As estradinhas são tão pitorescas que a natureza não se acanha. Vê-se de tudo: patos, cisnes, coelhos e até cangurus selvagens!
O turismo é levado a sério e o visitante é muitíssimo bem recebido pelo Hunter Valley Wine Country Visitors Information Centre. Mapas e catálogos completos e informativos são distribuídos sem custo ao turista. E tem atividade até pros loucos que não curtem só vinhos: cervejarias, passeios de balão, pilotagem de caças antigos e a jato (com preços a jato também), aluguel de bicicletas, spas e muitos restaurantes.
Não cheguei sequer a arranhar as possibilidades. Mas, nos próximos posts, apresentarei algumas das vinícolas e portas de adega visitadas. Foram só oito, com algumas dezenas de vinhos provados e garrafas entornadas tanto da região de Hunter como de outras. Procurei exemplares bem diferentes uns dos outros. Assim, tenho certeza de que você vai gostar de alguma.
Até o próximo post!
General
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2 comentários:
Que beleza... Que beleza!
8 vinícolas? Tá ótimo!
Parabéns, General. Um dia vou fazer uma viagem dessas.
Post violento.
Q lugar bonito!
Tá até dando vontade de conhecer.
Talvez com passagem pela China, para provar o afamado Great Wall.
Abs
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