Cheguei em casa uma e meia da manhã, depois do trabalho. Estafado! As meninas dormiam sossegadas no quarto e eu, seco por um vinho, fui na adega e deixei aberta essa garrafa do Norton DOC Malbec 2007. Fui tomar banho sem fazer o menor ruído. Não queria acordar a patroa e a pequena. Não queria ouvir sermão algum por causa de barulho de moedas sendo colocadas na gaveta (isso geralmente acorda a patroa). E não queria também que ela desconfiasse do meu plano de esvaziar uma garrafa naquela noite.
Voltando a sala fiz um sanduíche de queijo e salame, e começei a tarefa. O primeiro gole foi como uma redenção. Depois de uma jornada de trabalho que me fez ficar calculando quanto tempo falta pra minha aposentadoria, um gole de um Malbec típico e redondo como aquele me fez acreditar que se tratava de um ícone da América do Sul. Nem fiz questão de voltar a realidade durante a primeira taça. A verdade é que ele era exatamente o que eu estava precisando. Um vinho fácil que morreu fácil. Custo-benefício excelente (uns vinte e pouco na Cadeg), tem um doce lá no fundo, escondido, como em muitos Malbecs dos hermanos. Mas tudo bem! Passou com louvor e entra na pouco seleta lista dos favoritos do dia-a-dia.
Já tomou esse? Diga se estou com a razão.
BK72
Um comentário:
Tô contigo. Acho esse bino Norton muito bom. Gostaria de ter ido na Vinícula em Mendoza. Alias, esse é um bom motivo pra voltar lá.
Postar um comentário