Invadindo a Austrália - Parte 4: Fish Market e as primeiras garrafas tombadas


Conforme dito no post anterior, hoje vou mostrar de forma sucinta o uso em situações reais das garrafas adquiridas na Audrey Wilkinson.
 
A primeira a tombar foi a Winemakers Selection 2009 Merlot Cabernet. Havíamos voltado de Hunter e o cardápio era um ravióli de carne e molho leve. O Merlot saiu das vinhas de McLaren Vale (região produtora que fica a 35km de Adelaide) e o Cabernet, de vinhas da Audrey Wilkinson de mais de 40 anos de Hunter mesmo. Então, tínhamos ali frutas vermelhas escuras, chocolate, taninos finos e alguma madeira - vinda de 15 meses de barricas novas de carvalho francês. Vinho honesto por AUS$22.
A segunda foi guardada para uma visita ao Sydney Fish Market. É um pequeno complexo aberto pelo governo em 1945, que é particular desde 1994. Fica em Pyrmont, a 2km do centro da cidade.

Com muitas lojas, todas arrumadas, limpas e organizadas, parece um shopping center de frutos do mar. E algumas delas tem uma cozinha à parte pro visitante provar ali mesmo o produto que vai levar mais tarde. A variedade tanto de produtos quanto de pratos à disposição é grande o suficiente pra deixar o turista incauto cheio de dúvidas. São camarões de todos os tipos e tamanhos, caranguejos vindos de toda parte, inclusive o caro King Crab, uma grande variedade de ostras, peixes frescos de espécies e tamanhos diferentes, lagostas e lagostins, polvos e lulas, salmão e atum já cortados em postas, filés ou sashimi, e frutos menos comuns no Brasil, como o abalone.
A melhor opção é escolher um prato e pensar no que levar enquanto saboreia um produto muito fresco e um bom vinho trazido de casa. Aqui, é o que eles chamam pela sigla "BYO" (Bring Your Own).

Terminei minha lagosta recheada com queijo gratinado e salada a tempo de acompanhar a degustação de 3 tipos de ostras que meus amigos improvisaram. Nessa situação, o 2009 Winemakers Selection Semillon caiu como uma luva. Muito claro, muito leve e cítrico, casou perfeitamente com as ostras. Esse custou AUS$20. 
 
O Sydney Fish Market é um programa que não pode faltar no roteiro de turistas, nem dos locais que curtem frutos do mar. Traga sua garrafa de casa e vá embora um pouquinho mais otimista. 

Foi assim que saímos.


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Invadindo a Austrália - Parte 3: Degustação na Audrey Wilkinson


Chegar na Audrey Wilkinson já é, por si só, uma experiência incrível. A estradinha muito simples leva a uma colina em uma elevação de nome apavorante: Brokenback Mountain Ranges!
Apesar do receio inicial, o visitante é imediatamente presenteado com a vista mais bonita entre todas as vinícolas que visitamos, digna de estampar o post sobre Hunter Valley.
  Essa bonita propriedade, estabelecida em 1866, é um deleite pros amantes de vinhos. O staff é muito gentil, atencioso e bem-humorado. A vinícola tem um pequeno museu e sala para grupos. Instalações todas muito concorridas. Fomos recepcionados pelo simpático e piadista Ross, que atende como se tivesse o melhor emprego do mundo - o que não deve estar tão longe de ser verdade.Os vinhos disponíveis pra degustação eram 4 brancos, 4 tintos e 2 de sobremesa, com o custo sempre bem razoável, variando entre AUS$15 (quase 26 dilmas) e AUS$35 - o mais caro (umas 60 dilmas), todos com o costumeiro desconto pra quem é sócio do clube da vinícola, o que é muito comum nessas bandas.
Como chegamos com vontade de trabalhar, experimentamos todos os vinhos disponíveis (o Senhor Kononenko, que dirigia, passou vontade - provou, mas não bebeu) com exceção dos de sobremesa, e decidimos levar 3 garrafas: o 2009 Winemakers Semillon, o Audrey 2009 Shiraz e o Winemakers Selection Merlot/Cabernet.
Observei que quando bebemos uma variedade tão grande de vinhos e selecionamos uns poucos, mais tarde, quando a garrafa tomba solitária no cumprimento do dever, geralmente a impressão é de que o vinho é realmente bom.

A seguir, vou fazer uma breve digressão dos posts sobre as vinícolas e mostrar algumas situações reais com as garrafas adquiridas.
Da Audrey Wilkinson, saímos todos de acordo de que a combinação da vista espetacular com as instalações e vinhos realmente bons faz essa visita ser absolutamente imperdível pra quem vai a Hunter Valley.

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Invadindo a Austrália - Parte 2: O Hunter Valley


No dia seguinte à nossa calorosa recepção, nos dirigimos ao Hunter Valley, a mais antiga região produtora de vinhos da Austrália, com videiras trazidas da África do Sul em 1791.
Localizado a 130km de Sydney, é o 6º destino mais visitado do país, e por isso é um importante polo cultural. Como exemplo, em 03 de dezembro desse ano, vai rolar um show do Elton John. Nada mal, hein?
Curiosamente, pouco mais da metade da população de quase 650 mil da região está mais para o litoral, deixando os pequenos municípios do interior numa tranquilidade idílica (sempre quis usar essa palavra!).
A atividade principal da região do rio Hunter, que dá o nome à região, é a mineração de carvão, explorada pelas gigantes Rio Tinto e BHP Billiton. Mas não encontrei nada que desse uma pista disso no meio do caminho. Só soube disso depois, ao procurar saber mais sobre a área. A natureza rural da região impacta quem chega duma cidade grande, poluída e engarrafada.


Falando nisso, tenho que citar que fiquei impressionado com a qualidade do ar australiano. Em Sydney, na entrada da casa dos nossos amigos, o ar matinal, misturado ao perfume das Damas-da-Noite, é tão fresco que parece mentolado. Pra quem chega de Pequim, é brutal! Não senti diferença de São Paulo pra Pequim, mas dessa vez o ar parecia ter algo diferente. Oxigênio, talvez.
Em Hunter, que absurdo! O ar, além de puro, tem aquele aroma floral de roça, especiarias, hortelã, madeira e toques de bosta de vaca.
Mas chega de bullshit e vamos ao que interessa! As uvas características de Hunter Valley são, no time dos vinhos brancos, a Semillon - acompanhada da Chardonnay e Verdelho. Do lado dos tintos, claro, a Shiraz, seguida pela Cabernet Sauvignon e Merlot. Mas isso não quer dizer que não possamos encontrar vinhos orgânicos, espumantes, fortificados e de sobremesa! Tem realmente de tudo!
Por ter mais de 120 vinícolas e portas de adega (salas de degustação e lojas que podem representar também produtos de outras regiões, como aquelas perto de Adelaide), passear com tempo por Hunter é uma experiência fabulosa. As estradinhas são tão pitorescas que a natureza não se acanha. Vê-se de tudo: patos, cisnes, coelhos e até cangurus selvagens!


 
O turismo é levado a sério e o visitante é muitíssimo bem recebido pelo Hunter Valley Wine Country Visitors Information Centre. Mapas e catálogos completos e informativos são distribuídos sem custo ao turista. E tem atividade até pros loucos que não curtem só vinhos: cervejarias, passeios de balão, pilotagem de caças antigos e a jato (com preços a jato também), aluguel de bicicletas, spas e muitos restaurantes.
Não cheguei sequer a arranhar as possibilidades. Mas, nos próximos posts, apresentarei algumas das vinícolas e portas de adega visitadas. Foram só oito, com algumas dezenas de vinhos provados e garrafas entornadas tanto da região de Hunter como de outras. Procurei exemplares bem diferentes uns dos outros. Assim, tenho certeza de que você vai gostar de alguma.


Até o próximo post!


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Invadindo a Austrália - Parte 1: Chegando no Chile Asiático


Depois de tanto tempo sem boas enoperspectivas, fomos direto pro tal Chile do oriente: a Austrália. O plano era ir pra Barossa, região produtora próxima a Adelaide, mas acabamos ficando em Sydney e proximidades, onde muitas surpresas nos esperavam.
A primeira delas, apenas pra seguir a ordem cronológica, foi ser recepcionado pelo Sr Kononenko e esposa. Esse jovem senhor, do qual ainda vou falar mais, nos aguardava com dois belos exemplares de vinhos australianos na volta da primeira visita ao Sydney Opera House, que aconteceu praticamente assim que saímos do avião. E como os brancos eram a preferência da casa, o primeiro foi um espumante do oeste do país, o Feet First Chardonnay Pinot Noir, refrescante e frutado, 12% na medida certa.
Quem curte a efervecência das bolhas diria que poderiam ter mais permanência e ser mais finas, mas já foi notavelmente melhor que o espumante Jacob's Creek também Chardonnay/Pinot Noir resgatado no duty free chinês. Quem conhece o duty chinês sabe que as escolhas de vinhos são basicamente duas: levar ou não.
O segundo, um Sauvignon Blanc 2010 da Wicks Estate, tão claro quanto premiado (um absurdo, mais de uma dúzia de referências), esse branco frutado, elegante e equilibrado de Adelaide Hills vai bem em qualquer terreno. Quem gosta dum vinho leve (12,9%) e gostoso pra iniciar os trabalhos, aí está.
Esse último realmente começou os trabalhos, que não foram poucos! Mas antes de começar a postar sobre os vinhos e vinícolas da Austrália, seguem umas observações. A primeira delas é que não se acha vinhos nos supermercados! Eles são encontrados apenas em lojas especializadas chamadas de "bottle shops" - a prima aussie das "liquor stores" americanas.
Não é permitido beber em público. Tudo bem, nunca pensei em beber como um esporte outdoor (salvo em picnics off-road).
Por último, é permitido beber e dirigir! Desde que, claro, esteja dentro das normas. E elas são de 2 medidas de "bebidas padrão" (standard drinks) na primeira hora de farra e 1 medida a cada hora seguinte. Cada "standard drink" equivale a 10g de álcool (12,5ml de álcool puro), não importando o tipo de bebida.
Olhando a tabela, dá pra ver que não é lá muita coisa, mas é melhor que nada. Primeira coisa que pensei foi na (in)viabilidade disso no Brasil. E é comum em países desenvolvidos (http://en.wikipedia.org/wiki/Standard_drink).
Pra referência, 1 standard drink corresponde a 100ml de vinho que tenha 13,5% de ácool. E cada garrafa mostra, na parte de trás, quantos standards drinks tem na garrafa inteira. Como curiosidade, 7.1 unidades no espumante acima e 7.7 no Sauvignon Blanc 2010 da Wicks Estate.
Durante a estadia na Austrália consumimos dezenas de milhares de standard drinks, dos quais muitos serão postados aqui. Esses artigos serão dedicados ao Partido Comunista da China.

General

Vem aí mais um especial: Invadindo a Austrália!!!

General recentemente esteve na Austrália em missão especial para o WineLeaks.

Em breve, suas aventuras estarão aqui.

Aguardem!

Cadus Syrah 2003. POW! PAFF! BANG! KABUUMM!!!

Garrafa de Dinamite da safra 2003
Tudo indicava que era o momento de abrirmos esse camarada. Um Syrah bamba do novo mundo, de vinhedo único, que trazia no contra-rótulo da garrafa a recomendação de consumo entre 2007 e 2013. Beleza. Já estava com essa garrafa na masmorra há algum tempo. Foi presente do Doutor.
Decantamos a criança, obviamente, repousando o decanter num balde de gelo. Mas, a fera tinha nada menos do que 15,5o. de álcool em suas entranhas! Teríamos Kung Fu com tiroteio e explosões garantidos. Que vieram à tona no primeiro gole desse hermano parrudo.
Não há como lançar um daqueles enoclichés do tipo: "apesar dos 15,5o., o álcool era imperceptivel". Pelo contrário! Era impossível não percebê-lo. Isso fez com que esquecêssemos por um momento das muitas qualidades que esse Cadus Syrah 2003 possui.

No nariz, muitas das frutas vermelhas conhecidas e o tostado da madeira disputavam espaço com o álcool como numa perseguição de carros. Na boca é um torpedo suculento e saboroso de fruta madura e intensa. Um leve amargor dava a sensação de que seu momento perfeito ainda não era aquele, ao contrário do que sugere a vinícola. Acho que em 2013, talvez, completando 10 anos, esse cara vire um faixa-preta.

Tudo bem. Mesmo assim ele agradou bastante. Temos sempre tentado abrir as garrafas bacanudas em seu tempo. Assim, exercitamos nossa paciência e damos mais valor tanto ao vinho quanto ao momento em que vamos abri-lo.

 
Vale a pena.
 
BK 72


ÀS CEGAS!!! Porto Taylor´s 20 anos X Porto da Pet 30 anos

Bem amigos, do Wineleaks...
Temos aqui um embate histórico. Do meu lado direito, com 20 anos de idade, o consagrado vinho do porto Taylor´s, gentilmente oferecido pelo Samurai.

À nossa esquerda, uma das maiores lendas da história do WineLeaks. Com 30 anos de idade, o famoso Porto da Pet. Em seu humilde e original recipiente, dentro do qual cruzou o atlântico trazido pelo Jujuba.

A primeira degustação às cegas a gente nunca esqueçe

Providenciamos copinhos preparados especialmente para a degustação. Pretos e pequenos, o número 1 e o número 2. Assim, não facilitaríamos a vida dos avaliadores.
Samurai foi o primeiro a fazer o teste. Cheirou o número 1, provou, e sorriu. Bebeu um gole d'água. Fez a mesma coisa com o segundo copinho. Ao final, disse: "São muito diferentes! Não sei dizer qual o melhor. Gostei dos dois. Acho que ficaria com o número 2, talvez..."


 Miss Bella, a segunda avaliadora, também ficou meio em cima do muro. Um deles era bem mais encorpado, doce e de aroma muito intenso. Enquanto que o outro, era mais elegante e parecia mais afinado. De nariz bem mais comportado do que seu oponente. Quem diria que seria tão difícil escolher um vencedor?

A cor do Porto da Pet
Eu e Jujuba matamos logo no nariz quem era quem. Primeiro, porque já conhecíamos o Porto da Pet e seu nariz potente e extravagante. E segundo porque o Taylor´s tinha acabado de ser aberto, logo, era natural que seus aromas estivessem ainda presos.


...e a cor do Taylor´
De fato, são muito diferentes esses caras. O Taylor´s, no dia seguinte, quando repetimos a brincadeira, estava mais aberto. E mesmo assim, ainda longe dos aromas do rústico Porto da Pet. Este, por sua vez, mais doce e aparentemente um pouquinho mais alcóolico, faria um belo par com uma sobremesa daquelas de fim de dieta.

Logo, forçando a barra, podemos dizer que esse combate o Taylor´s 20 anos venceu. Mas por pouca diferença. Talvez um belo pastel Santa Clara jogasse essa pequena diferença para o outro lado.




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Um Chileno no Italiano


Já que muito se fala aqui sobre custo/benefício, outro lugar que faltava ser citado no Wineleaks é o restaurante Artigiano. Um dos nossos favoritos, não apenas pelo ótimo atendimento, bom preço e boa comida. Mas também pela bela carta de vinhos, que tem sempre uma novidade.
Lá fomos no dia 29/05. "Dia do Nhoque", alguém lembrou. Portanto, eu, Polaco e sua patroa escolhemos a versão com nozes, enquanto que o Doutor e a Doutora pediram a Paleta de cordeiro da casa. Quanto ao vinho, sempre pedimos uma sugestão ao pessoal da casa, que geralmente indica um vinho bom. E italiano, claro. Dessa vez, indicaram esse chileno Viña Von Siebenthal Carmenère Gran Reserva 2008, do qual nunca tínhamos ouvido falar. Eu tava na pilha de um italiano, mas como era um Carmenère...


 O vinho é um tanque de guerra que atropelou meu nhoque de passagem. Corpulento e alcoólico (14o.), merecia um decanter e um grau a menos na temperatura. Melhorou com o tempo de respiro. Mas esse tempo muitas vezes é longo. Como o final desse Gran reserva chileno. O fato é que toda vez que eu levava a taça ao nariz, o álcool dizia "presente!".
Mas, saboroso que era, ganhou a aprovação do Doutor e do Polaco. Eu também gostei. Mas acho que eu tava no clima de algo mais "velho mundo" nesse dia. Seria melhor se tivéssemos pego algum Chianti ou um Rosso recomendado pela casa. Sempre dá certo.
A comida estava ótima como sempre. Pedímos a entradinha de sempre, que é a flor de abobrinha recheada com aliche e o Tiramisu na sobremesa. 

 
E meu nhoque estava muito bom. Vamos ver se vai me trazer fortuna.

 

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O concerto de piano


Numa sexta-feira, o Polaco veio com uma conversa esquisita, me chamando pra ir a um concerto de piano. Achei um pouco estranho pois apesar de ser um intelectual (e isso ele é mesmo), nunca o vi interessado em piano. Com o desenrolar da conversa, veio o real motivo: o piano seria lá na Symposium Vinhos
O Polaco já tava com tudo preparado e tinha reservado uma mesa pra seis pessoas. No final, fomos eu e ele, o Pellé com a digníssima, o PaidoPedro, o Loja, o Fisio e o Sucupira. Destes, 5 são médicos, o que deu uma grande tranqüilidade ao Polaco, pois estaria bebendo com acompanhamento médico.
Agora a desculpa pra ir ao Symposium é ouvir concerto de piano.

Os vinhos foram sugeridos pelo garçon. Já estavam separados previamente e custavam na faixa de 65 reais. O primeiro foi o melhor, o chileno CREMASCHI FURLOTTI edicion limitada, com 60% Cabernet, 20% Syrah, 20% Carmenere. Bem equilibrado, taninos médios, cor vermelho rubi e álcool no ponto ( 13,5%), o que facilitou a tomada pois não foi decantado.
Os outros vinhos da foto também desceram bem, em particular o Syrah, mas o melhor da noite foi o Cremaschi que custa cerca de R$ 70,00.
Vale conferir.

Doutor

Uma grande celebração na Symposium



Não sei exatamente o porquê, mas nossa casa de vinhos favorita no Rio, a Symposium, jamais foi citada em um post aqui do Wineleaks. Além do fato do Polaco ser praticamente vizinho e assíduo frequentador da charmosa casa de Laranjeiras, não foram poucas as vezes que fomos lá pra "matar o tempo". General inclusive já esteve lá conosco algumas vezes antes de partir para o Oriente.

A simpática casa de vinhos em Laranjeiras
Mas dessa vez, não tem como deixar passar. o Polaco resolveu comemorar seu aniversário de 127 anos com uma bela festa na casa de vinhos do uruguaio Hodara. E estávamos todos lá. Bianchi, Samurai (com sua filha), Miss Bella, Doutor (com os Doutores da Alegria), Jujuba e vários outros amigos. É General... só faltou você mesmo.

Os enopianistas mandando brasa!
E que noite caprichada tivemos. Pra alegrar a festa, revezavam-se ao piano da casa os talentosos Jujuba e Dr.Sucupira. Na mesa, os ótimos quitutes da casa. Dentre todos, destaque para o Carpaccio de Haddock, meu favorito.
Mas vamos então a algumas das 23 (!!!) garrafas "degustadas". Começando com os espumantes. Eram eles o corretinho francês Veuve Elise e o Cave Geisse brut, que na minha opinião, é mais seco. E por isso, me agrada mais. Já o Polaco e o Doutor são fãs do francês.

As primeiras garrafas que se foram.
Dos tintos, ainda me lembro bem que começamos com o Terra Andina Merlot 2008, que é o merlot de melhor C/B que conhecemos daqui do novo mundo. E isso é ponto pacífico entre nós. Polaco descobriu esse vinho através do falecido Saul Galvão, que assinava a coluna de vinhos do Estadão. O vinho estava redondo e saboroso.
Depois dele, veio o nosso novo clássico Kaiken Corte 2008, que é uma paulada de 14,5o nos córnos. Se não estiver numa temperatura decente o álcool sobe. E sem um decanter, ele precisa de um tempinho na taça. Mas é um belo vinho de corte.


A mesinha do Polaco estava animada.
A partir daí, já fica mais difícil de lembrar o que aconteceu sem a ajuda das fotos. Mas bebemos ainda o Francês "novomundista" Parallele 45 2007, o bom Australiano cortado de Shiraz com cabernet Bleasdale 2006, o sulafricano bacana Guardian Peak, o Crianza Dinastia Vivanco 2007 e até um "Zinfa" Americano apareceu lá pro final, o Delicato 2008, que àquela altura do jogo já agradava qualquer um, só pela fruta marcante.

Vá ler esse nome depois de tanto vinho.
Finalizamos com uma torta de chocolate que foi harmonizada com o grego Mavrodaphne (deve ser algo semelhante), que gerou alguma controvérsia. Eu gostei. Mas com o Jujuba ao meu lado (que também aprovou o grego) ficou difícil não compará-lo com aquele Porto de 30 anos "contrabandeado" em garrafas Pet.
 
Enfim, voltei de taxi. Quando cheguei em casa, eu parecia uma bola de pinball esbarrando nas paredes. Ainda bem que não acordei as meninas.


Que noite!


Parabéns, Polaco!
E que tenhamos ainda muitas celebrações como essa.
                                        
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Novidade do Free Shop do Rio: Saint Felicien

Quando soube que eu viajaria, Doutor mandou um e-mail pro Wallace, que já há algum tempo é seu personal sommelier no Free Shop do Terminal 1. Doutor pedia ao Wallace algumas dicas sobre as novidades das prateleiras de vinhos do Duty Free, já que infelizmente eu desembarcaria no terminal 2. Logo, não seria dessa vez que eu iria conhecer o famoso Wallace.

Esse Saint Felicien Malbec 2008 era a grande novidade do Free Shop, junto com sua versão Cabernet. Um vinho da Bodega Catena que não chega por aqui, pois provavelmente é destinado somente ao mercado interno argentino. Provei esse aí com o Doutor e com o Polaco.

Muito bom vinho. Está pronto e ainda pode evoluir. Nariz invocado! Lembrando muito os tops da Catena. 
Na boca, praticamente redondo, parrudo e de boa permanência. A madeira está bem presente, mas sem partir pra ignorância. Pelo contrário. É como um segurança peso-pesado bem educado.



Por U$27,90 taí uma boa compra.




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