Colchagua Valley. Antes (muito) tarde...


Sempre fui fã do Chile, que considero um país muito interessante. Tem de tudo lá. Vulcão, neve, praia, deserto, restaurante molecular... E vinho, muito vinho. Há algum tempo atrás (agosto de 2008), fui com a patroa a Santiago e, cansado das bodegas que cercam a cidade (como se isso fosse possível), fomos ao Vale do Colchágua. Devo alertar que se trata de um passeio bem caro (na época, cerca de 260,00 dólares por pessoa) um dia inteiro. No caminho, passamos pela bodega Apalta que produz o Clos Apalta (um dos meus sonhos de consumo), que não pudemos visitar, apesar da nossa choradeira, devido ao horário marcado nas outras bodegas.  
A primeira que fomos foi a Montes, que é muito bonita e moderna. Possuiu um sistema de reaproveitamento de água e um grande salão VIP onde ficam barricas com os vinhos nobres escutando canto gregoriano (acreditem, frescura pouca é bobagem). Degustação com três vinhos. Um da linha clássica e dois da linha Alpha (pinot - que considero espetacular e barato - e um syrah). Vimos os top Montes Folly, Purple Angel e Alpha M ( na faixa dos 100 dolares na época). Foi o lugar mais barato que encontrei os vinhos da linha Alpha, cerca de 9000 pesos chilenos.
Seguimos para a Viu Manent. Nesta, o passeio em si é sensacional. Visita as parreiras, passeio de charrete, toma um vinho ( ruim por sinal) diretamente de um tanque de aço inox, e degusta-se a linha Secreto. Foram 4 vinhos que, a bem da verdade, não gostamos de nenhum. O incrível é que aqui no Brasil, estão na faixa de 70-80 reais, enquanto o Viu Manent Reserva é encontrado mais barato (na CADEG, com o Mariano) e melhor (na minha opinião).
Após um bom almoço na bodega começamos, eu e a patroa, uma choradeira para visitarmos pelo menos mais uma vinícola, não inclusa. 
Nosso guia Arturo da Chilean reps nos levou a Santa Emiliana, que era na época a única verdadeiramente orgânica, pois fica num vale e não há contaminação das parreiras com agrotóxicos nem pelo ar. Provamos o vinho COYAM que é bastante conceituado. Pro nosso paladar, um pouco complexo demais, além de parecer muito jovem. Após choradeira imensa, um tiquinho do Gê, o vinho considerado top deles, que é melhor, mas não vale na minha opinião os 100 dólares cobrados por ele. O Coyam custa cerca de 21 doláres. Vale comprar, guardar uns 2 ou 3 anos e tomar, pois aqui custa 120-150 reais.
Após essa aventura pegamos o rumo de volta a Santiago e passamos em frente a Santa Helena, mas Arturo não deixou nem a choradeira começar.

Fica pra próxima.


Doutor

4 comentários:

BK72 disse...

Muito bom, Doutor.
Apesar de 2 anos e meio passados, as dicas são muito válidas pra quem quer conhecer alguma coisa do Colchágua.
A Viu Manent é realmente imperdível pra quem pretende passar por aquelas bandas.

Abs.

General disse...

Parabéns pelo post, Doutor! Tomara que se torne um hábito!

Tenho muita curiosidade pra saber quais são seus rótulos preferidos.

Vou procurar o Viu Manent Reserva por aqui. Sem muitas esperanças.

doutor disse...

Aguardem o post doutor e polaco em montevideo.

Leigo Vinho disse...

Parabens pelo post.
Pena que já fui ao Chile em outubro do ano passado e não tinha nenhuma dica na época.
Abs,
Leigo