O que não nos mata, nos fortalece!

Havia uma certa abstinência no ar. Apesar do General e eu estarmos, nessa época (agosto/2010), bebendo bastante e sempre que possível. Nesse dia, o Polaco estaria sem sua patroa em casa e, forrado de bons vinhos, convidou-nos para uma farra enoetílica. Seria o momento também de encontrarmos com o Doutor e nosso grande amigo em comum, o Nietzsche, que estava pra se mudar pra China, terra atual do General. Assim os dois poderiam trocar umas idéias. Nietzsche iria pra Shangai, dar aulas de economia para os chineses, em Inglês. Causou inveja o fato de que assistiria ao vivo um torneio de Masters 1000. Fato inédito entre nós 3 (eu, Doutor e Nietzsche) que somos grandes fãs de Tênis e jogamos sempre juntos há anos. Será que verei Federer jogar antes desse mito se aposentar?
Muito bem, eu e General chegamos com um Vinosia Primitivo, e um Tikal Patriota 2007. O italiano era pra chegarmos com moral, e o argentino era pra arrebentar com tudo! Polaco, nosso lendário anfitrião, deu-nos um tapa com luva de pelica tirando de sua adega um Châteauneuf-du-Pape de 2007 só pra mostrar quem mandava. Começamos então com o nosso Primitivo, que adquiri através da Cellar. Belo vinho. Acompanhado de queijos, frios e pães, agradou bastante. Em seguida Polaco serviu-nos o francês, que tinha ido pro decanter enquanto tomavamos o primitivo. Estava bem redondo! aquela leveza dos Chateauneufs. Eu já havia tomado esse vinho em outra oportunidade e ele havia decepcionado. Já esse, da safra 2007 estava bala. Infelizmente não sei quem é o produtor. Mas a foto tá aí (se alguem souber...)
Chegou então o Doutor. Todo preocupado pois não podia ficar muito tempo. A patroa com filho de 7 meses em casa... Ok ok. Começe a beber e pensamos todos juntos numa boa desculpa pra dar.
Servimos então o Tikal Patriota, que mesmo decantado, mostrou aquele kung fu sulamericano, mas de qualidade. O vinho dividiu opiniões. Polaco não achou nada demais. General ainda estava encantado com o Chateuneuf. E eu, porradeiro novomundista que sou, nem liguei pro tantinho de álcool mais presente que o normal. Tivesse ele com a temperatura um pouco mais baixa, seria um nirvana. O Doutor gostou.
Chega então o nosso futuro amigo de Shangai. Bebeu pouco e pouco falou sobre os vinhos. Melhor assim, tinha muito pra conversar com General e muito pouco tempo para isso. Polaco abriu então um Rosso di Montalccino Castello Tricerchi que, prejudicado pela qualidade e presença dos antecessores, foi apenas correto e divertiu-nos.
Foi a última vez que estive com o Nietzsche. Acho que o Doutor também. Só nos resta esperar pela Lei do Eterno Retorno.

B      K  7         2

3 comentários:

Leigo Vinho disse...

BK, estou aqui em Buenos Aires e amanha sigo para Mendoza e ja tenho visita marcada para a Lopez, conforme sugestao sua.
Depois te digo.
Abs e parabens pelo post.
Leigo

BK72 disse...

Que beleza, Leigo.
Beba sem moderação!

Unknown disse...

Boas lembranças, Bk72!

Cada garrafa de qualidade ali, hein?! êee, saudade!