Invadindo a Austrália - Parte 7: A premiada Brokenwood

Antes mesmo de chegar na Brokenwood, já estávamos impressionados: havia sido premiada como uma das melhores vinícolas de 2011 pelo respeitado James Halliday em seu Wine Companion.
O critério usado é "excelência com consistência": a vinícolas consistentemente fora-de-série são as primeiras. Em seguida, vêm aquelas que se destacaram pelo menos nos últimos três anos. E por fim, as que estiveram perto do topo nesse período.
Além disso, um enólogo da Brokenwood havia sido o "enólogo de 2010" pela Hunter Valley Legends and Wine Industry Award. E a própria Brokenwood foi escolhida como a "porta de adega do ano". Não faltavam boas referências! A localização central e o funcionamento até mais tarde (umas 19h - quando o normal é fechar às 17h) são outros atrativos aos visitantes com disposição pruma bela hora extra.
A recepção é calorosa e o ambiente, muito familiar, como em todo Hunter. Prova disso é o bebê com os pais na foto. Mesmo sendo fim do dia, o staff nos recebeu como se estivesse abrindo naquela hora. Muito amáveis e com enorme vontade em servir, eles explicaram os diferenciais de seus vinhos e interagiram com os turistas.
Na Brokenwood, provamos, nos brancos, o Semillon 2008 e 2010, o Pinot Gris 2010, um Chardonnay sem madeira de 2008 e um Chard 2009. Todos entre AUS$19 e 25. Ainda tinham vinhos de vinhas especiais (que pulamos, pra evitar desgastes trabalhistas): os Semillons da Army Block (2010) e da Belford Block 8 (2006), um Viognier (2008) e um Chardonnay (2010) da Indigo. Esses entre AUS$25 e 40.
Nos tintos, o Pinot Noir 2008, um Sangiovese 2008 e um Shiraz 2008 (mistura de uvas vindas de McLaren Vale e Beechworth), o Cricket Pitch 2009 (corte de Cabernet, Merlot e Shiraz) e um Cabernet Sauvignon/Merlot 2009. Entre AUS$18 e 40.
Os tintos de vinhas especiais variavam entre AUS$35 e 65. Eram um Pinot Noir e quatro Shirazes. A maioria desses não estava disponível para degustação - então não provamos. E olha que ainda havia outras opções, três em garrafas magnum e dois de sobremesa.
Aqui nos dividimos entre brancos e tintos, já que um só dia seria pouco pra tanto vinho. Que, diga-se de passagem, eram realmente muito bons! Depois de criteriosa escolha, levamos o Shiraz 2008, que era realmente um belo exemplar do típico Shiraz australiano; o Pinot Noir 2008, que me lembrou imediatamente do BK, já que ele curte essa variedade; e a surpresa da noite, o Sangiovese 2008. Depois do Gregorina, a Sangiovese passou a me chamar a atenção. E esse estava quase lá. Faltava a complexidade, a maturidade do italiano, mas que não desqualificava o primo aussie. Vinho muito fácil de beber, é do time dos extremamente "voláteis". Os três vinhos custaram AUS$30 cada. 
Quem visita Hunter não pode deixar de visitar a Brokenwood. Na próxima vez, vou levar os vinhos de vinhedos especiais. Deixamos esses pra depois, mas não dá pra dizer que foi procrastinação!

General

11 comentários:

Leigo Vinho disse...

General,
parabens por esta série de posts.
Todos da mais alta qualidade.
Só não sei porque o BK não está postando mais.
Abs

BK72 disse...

Leigo, eu vou postar em breve.
Tô com uns 2 pra fazer. Mas estamos priorizando a invasão da Austrália por enquanto.

Abs

General disse...

LV, muito obrigado! Estou dando um descanso pro BK, porque ele ficou sozinho um tempão.

Vou variar os da Austrália com outros que já estavam na manga. É que essa viagem à Austrália foi realmente muito rica em matéria de vinhos.

Estou ansioso é pela sua Itália!

Leigo Vinho disse...

General,
Itália, só em setembro.
Isso se vc não acabar me convencendo de ir pra Austrália.
Por hora, vou ter que aturar o ZR.

BK,
aguardo seus posts.
Um dia, quem sabe, teremos uma degustação Leigo Vinho - Wineleaks.

Abs
bs

Zé Roberto disse...

Que baque !!! Ler em um post de terceiro que meu grande amigo Leigo esta me aturando para aproveitar dos meus italianos.
Sei que isto não é verdade e te espero para matar um dos 4 Brunellos, depois o Barolo e outros mais...
Abs pra vc General,e parabens por nos mostrar a Australia.

ZR

BK72 disse...

ZR,
Por isso que o nome do Blog é WineLeaks. Aqui, muita coisa é descoberta...
Se eu fosse vc, em represália, deixaria o Leigo de fora dos Amarones, pelo menos. E os guardaria pra quando alguém do Rio ou da China desse uma passada por Minas Gerais.

Abracios e seja sempre bem-vindo por aqui

ZR disse...

BK72,obrigado pela acolhida no site e pelo conselho de deixar o Leigo fora do Amarone(Allegrini)comprado e provado na própria vinicola,creio que foi um dos melhores vinhos que trouxe .um não,de tão bons, vieram dois.
Se alguém do Rio ou da China der uma passada em São Lourenço nos próximos 3 anos talvez ainda exista uma destas maravilhas,e com certeza será aberto nesta ocasião
Aceita o convite?

Abs

General disse...

LV, Itália é o paraíso na terra dos binos. A Austrália pode tranquilamente esperar!

A ideia da degustação LV-WL é excelente! No Brasil ou fora. Quando vier pro lado de cá, não deixe de avisar!

ZR está com tudo! Brunellos, Barolos e Amarones! O Gattavecchi de anteontem parecia estar mesmo incrível! Parabéns aos dois pelo enoembate!

3 anos pra São Lourenço? Puxa! Tinha uma passagem de volta pro Brasil que venceu essa semana!

Mas enquanto há vida, há esperança! Pra quem já bebeu vinho chinês e viveu pra postar, nada é impossível!

Leigo Vinho disse...

He, he, he.

Abs

BK72 disse...

ZR,

Vejo aqui no Google que São Lourenço é longe de São Paulo, Uberlândia e Sete Lagoas. Minha esperança de tomar esse Amarone é no ano que vem, via Guaratinguetá. Das cidades que eu costumo frequentar a trabalho, Guará é a mais próxima.

Acho mais provável vcs virem ao Rio antes, pra se abastecerem na Cadeg.

O Leigo já veio e não deu as caras.

Abs

ZR disse...

BK72,

São Lourenço não fica longe de lugar nenhum. Guará por ex. fica a um passo daqui,Rio a quatro passos.Isto se vc considerar cada passo uma hora.
Portanto pertinho...O Amarone da Allegrini fica bem mais distante(em Fumane na provincia de Verona).
Estou ansioso pra conhecer a famosa Cadeg.
Esperamos (Leigo e eu )vc e general para uma degustação em nossa terra, ou se quiserem na sua.

Abs