Uma degustação de vinhos franceses.

No dia 25 do mês passado, fomos em bando para uma degustação especial no segundo andar do Restaurante Boteco 66. Eram só vinhos franceses, de 6 importadoras: Casa Flora, Mistral, Enoteca Fasano, Zahil, Taste-vin e Wine Brands. Em paralelo, rolava uma degusta de pães (do La bicyclette), queijos (da Fazenda Genève) e do azeite uruguaio Punta Lobos.

Começamos a preencher nossas taças com os brancos. De todos os que provei (e eu provei todos), o que eu achei mais interessante foi esse Sauvignon Blanc da Casa Flora, Chateau Reynon 2009. Diferente dos outros degustados, trazia uma mineralidade que lembrava os SBs neozelandeses. Muito bom. Segundo o Juares, o representante da Casa Flora no evento, esse vinho custa no mercado por volta de 58 Dilmas.

Partindo direto para os tintos, a curiosidade foi a presença de vinhos sem passagem por madeira em quase todas as mesas. Leves, frutados e frescos. Porém, alguns chegavam a custar 65 pratas, como o Chateau De Mauves, da Zahil. 


Ok, vamos aos destaques. A Enoteca Fasano trouxe esse Château Camplong 2008 que, por 65 pratas, me fez pensar em revisitá-lo em breve. O exemplar que provei pareceu-me redondinho e cheio de vontade de ser bebido.
E dentre todas as importadoras presentes, a que mais nos chamou à atenção foi a Taste-Vin, do simpático e divertido François. Esse sujeito não entrou na brincadeira pra perder. Trouxe só coisa boa na mochila. Recebeu-nos em sua mesa com a seguinte frase: "Bem, senhores, esse aqui é o meu vinho vagabundo." E serviu-nos o seu vinho de entrada, e sem madeira, Côtes du Ventoux Réserve 2008. Bem gostoso e frutadão. Por 32 Dilmas, acabou tornando-se minha primeira aquisição depois do evento.

Mas sua grande vedete era o bonitão aí da foto. O Chassagne Montrachet, Château de la Maltroye 2006. Um Pinot Noir da Borgonha, Premier Cru, com 15 meses de barrica. Uma belezura que já está um tiro, e que ainda vai evoluir na garrafa. Pode ficar guardado no calabouço até 2014, segundo o François. Infelizmente esse aí já não é pro meu dia a dia, pois hoje ele está saindo por R$240,00.
   
Depois da degustação, descemos e até tentamos uma mesa no Boteco 66, mas como estava cheio, andamos uma quadra e paramos na pizzaria Bráz.
Afinal de contas, já era tarde e precisávamos colocar alguma coisa no estômago que não fosse vinho francês.


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6 comentários:

General disse...

Que sofrimento, hein, BK?

Já me imaginei numa degusta chinesa, o camarada chegando e dizendo: "esse é o meu vinho vagabundo"...

Parabéns, degustinha show de rolha!

Leigo Vinho disse...

Finalmente apareceu um post do BK.
E com estilo.
Só degusta, hein?
Tá podendo.

Abs.

General disse...

Reli o post. Notei uns requintes de crueldade:

"em paralelo, degusta de pães, queijos e do azeite uruguaio..."

"precisávamos colocar alguma coisa no estômago que não fosse vinho francês"

Lembrei do Estevão, que presenteou o LV com o argentino de alma francesa.

E nem devia escrever isso, mas é verdade:

QUE INVEJA!!!

BK72 disse...

"precisávamos colocar alguma coisa no estômago que não fosse vinho francês".

Achei que ninguém tinha notado a brincadeira. Até mexi na foto pra destacar melhor o garçom abrindo o chianti na pizzaria.

E General, não faça drama... Eu que não vou abrir um vinho da terra do Hércules, ou algo do tipo, em solidariedade à vc.
Teus posts da Austrália causam inveja até nos Australianos.

Leigo Vinho disse...

Isso é verdade.
Depois de passear por aquele enoparaíso e esnobar nos posts, não vem dando uma de coitadinho, não.

General disse...

Putz! E eu pensei que o LV tivesse aberto o bino hercúleo por compaixão...

O BK nem quer saber: frequenta degustas de "vins" de 240 dilmas e o que chama de dia a dia eu chamo de dia de sorte.